DIÁRIO 3.3
Acordo pra mais um dia
E quem diria não é ardia
Estou vivo
Estou com meus braços bem aqui
E tudo que adquiri
Tenho em meu juízo
Eles não venceram...
Canela de Fogo mais uma vez perdeu a batalha
Da próxima vez sei que não falha
Ele trará mais um reforço
Eu continuo vivo...
Desenho minha sina na areia
Pra que o canto da sereia
Não seja o grande problema...
A casa não cai assim
E assim corro com a tempestade
Para que a metade de mim
Seja apenas a metade
Esse é o teorema...
Pego a minha folha
E com cada bolha que faço
É mais um pedaço
Da escolha que pedi
Escolhi tocar pra você
Desenhar sob o crochê
Só pra não ter que dormir
Dormir pra quê
Pra quê adormecer
Eles estão lá
Cospe Fogo
Sentado em seu poço
Canta para não chorar
Eu o venci de tal maneira
Que nem a mais íngreme geleira
Poderia suportar...
Como quem soubesse de tudo
Ele subiu no mais alto tributo
Mas de tudo eu já sabia
A chuva caia naquela manhã
Ele com o sinal de Satan
Tentou ser a agonia
A agonia tomou conta do terreno
Como uma névoa sob o sereno
Queria ser a dor
Porém dobrando meus joelhos
Senti o sangue vermelho
Vermelho daquela flor
Cada pétala que caia no chão
Levava consigo o Perdão
O perdão chegou até lá
E Cospe Fogo
Agora canta em seu poço
Encoberto sob o lenço de Alá...
Sob o lenço de Alá...
sob o lenço de Alá.
YENGAF ROCHA
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